“Foi uma doação e não um leilão. Todo esse processo de atração de investidores terminou em um fracasso e no final o governo teve que recorrer a ‘arrumadinho’”, disse o parlamentar, ao comentar a formatação do grupo que ganhou o leilão.
Apenas um consórcio, liderado por Petrobras (10%, mais os 30% obrigatórios), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada) apresentou proposta.
Com isso, não houve ágio no leilão, ficando garantido para a União apenas a oferta mínima de 41,65% de retorno do petróleo produzido.
Outra preocupação do deputado é com a saúde financeira da Petrobras que, com o leilão, terá que desembolsar R$ 6 bilhões para o pagamento do bônus.
Ainda vai arcar com R$ 160 milhões para a montagem da estrutura para a exploração dos poços.
“O leilão teve de tudo, menos concorrência. Isso demonstra que os investidores brasileiros não confiam no governo brasileiro. O segundo aspecto, e preocupante, é com relação a Petrobras. A empresa teve o pior momento de sua história nos governos Lula/Dilma. Houve gestão temerária e até prejuízos, com a Petrobras tendo que se desfazer de seu patrimônio. Agora terá que fazer grandes investimentos. Será que isso vai funcionar?”, questionou Freire.