terça-feira, 29 de outubro de 2013

No Paraná, Dilma anuncia pela 2ª vez verba para a mesma obra


Em visita a Curitiba na tarde desta terça-feira (29), a presidente Dilma Rousseff anunciou, pela segunda vez, verbas para a mesma obra: o metrô de Curitiba, que ainda não saiu do papel.

Dois anos atrás, em outubro de 2011, Dilma anunciou R$ 1 bilhão para o projeto, que chamou, na época, de “um dos melhores do país”. A verba, a fundo perdido (sem necessidade de contrapartida estadual ou municipal), integrava o PAC da Mobilidade.

A proposta, porém, passou por revisão técnica na gestão do atual prefeito, Gustavo Fruet (PDT), que concluiu que o custo estava subestimado e o método construtivo era inadequado. O projeto anterior era do prefeito Luciano Ducci (PSB).

De R$ 2,25 bilhões, o orçamento subiu para R$ 4,5 bilhões. Por causa disso, foi preciso uma nova negociação para que o governo federal ampliasse o financiamento.

A mesma situação aconteceu há duas semanas em Porto Alegre (RS). Na ocasião, Dilma também anunciou, pela segunda vez, verbas para o metrô da cidade, projeto que teve custos revistos e ampliados nos últimos dois anos. Resultado: o financiamento federal passou de R$ 1 bilhão para R$ 3,5 bilhões (incluindo empréstimos).

Em Curitiba, os recursos federais saltaram de R$ 1 bilhão para R$ 3,2 bilhões, incluindo financiamentos. A fundo perdido, o governo vai repassar R$ 1,8 bilhão para a obra, que nem sequer foi licitada até agora.

A previsão, agora, é que o metrô comece a operar em 2018. Outros R$ 408 milhões também foram liberados para outras obras de mobilidade urbana na cidade.

A Prefeitura de Curitiba comemorou o anúncio, disse que é “maior pacote de investimentos da história da cidade” e que, com ele, “o transporte de Curitiba vai entrar nos trilhos” e a cidade vai “voltar a ser modelo”.

Luiz Fernando Cerni/Folha de São Paulo