Osmar não enfrentará o irmão nas urnas, como também não enfrentou em outras vezes. Deverá continuar dizendo o contrário visando apenas “guardar o lugar” para Álvaro, ou seja, inibindo o surgimento de adversários no campo político da ministra Gleisi Hoffmann (PT).
Por outro lado, essa “indecisão” de Osmar acaba deixando seus liderados potenciais candidatos a deputado estadual e federal, igual biruta de aeroporto. Muitos falam em deixar o PDT, como é caso do empresário pontagrossense Márcio Pauliki, que quase ganhou a eleição no município, diante das incertezas.
Se ao Senado não dá para Osmar, daria a vice numa chapa de Gleisi. Pode ser, mas hoje essa vaga estaria reservada ao deputado Eduardo Sciarra (PSD). Restaria ao irmão de Álvaro a disputa pela Câmara. É aí que apostam lideranças como Pauliki, que é candidato a estadual.
Osmar candidato a federal, dizem os matemáticos mais experientes, poderia “puxar” (eleger) de dois a três nomes na chapa proporcional, além de facilitar dobradas para estadual. Também daria uma mãozinha ao mano tucano.
Se prevalecer a mesma escrita de 2010, Osmar vai cozinhar o galo até junho de 2014. Chegando lá ele decide o que fazer, mas a tendência é mirar na Câmara. Ele vai negar como noutras vezes, mas é o espaço que lhe restará no cenário político.