Pelo fato do prazo de inscrição de jogadores no Módulo II do Campenato Mineiro encerrar hoje, dirigentes do Montes Claros fazem uma espécie de vigília na Federação Mineira para que o contrato consiga ser registrado na CBF e o nome do atleta saia no BID.
Segundo o advogado, Bruno passou por avaliação médica que afirmou que o jogador está apto a voltar aos campos. Bruno Fernandes foi condenado em março de 2013, pela morte de Eliza Samudio. A pena para o jogador foi de 22 anos e três meses de prisão. Ele cumpre regime fechado desde julho de 2010, na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) afirma que Bruno, enquanto estiver em regime fechado, só poderá trabalhar na cadeia. Ainda de acordo com o TJMG, o jogador poderá entrar com requerimento para direito ao regime semiaberto apenas em 22 de janeiro de 2020. Mas, para Simim, mesmo em regime fechado, o jogador poderá trabalhar fora da prisão.
- A lei concede o benefício do trabalho mesmo em regime fechado, desde que ele esteja escoltado. Então poderia sair para treinar e voltar, disse o advogado do jogador, na manhã desta sexta-feira.
Atualmente, o Montes Claros é o líder da chave B do Módulo II (que equivale à segunda divisão) e já garantiu a classificação para o Hexagonal final da competição. Bruno somente poderá retornar aos gramados após a liberação da Justiça, que também terá que autorizar a sua transferência para o Presídio Regional de Montes Claros, para que ele possa atuar pelo “Bicho”.
Segundo o presidente do Montes Claros, Vile Mocellin, o contrato a ser assinado com o goleiro terá vigência de cinco anos, inicialmente, com salário fixado em R$1.430,00 mensais e uma multa rescisória de R$ 2,86 milhões.
O pedido de transferência de Bruno para o Presídio de Montes Claros foi apresentado pela defesa dele à Vara de Execuções Criminais de Contagem, no final de janeiro. A transferência depende ainda de decisão do juiz da Vara de Execuções Criminais de Montes Claros, Francisco Lacerda de Figueiredo.
Este é o segundo requerido pela defesa de Bruno. Uma primeira requisição foi feita para a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Nova Lima (MG), mas o juiz da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Nova Lima, Juarez Morais de Azevedo, indeferiu o pedido no dia 3 deste mês. Uma falta grave verificada no atestado carcerário está entre as questões levadas em consideração pelo magistrado, conforme o TJMG.
Fonte: Globo Esporte