sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Divisão no PT


Os petistas estão divididos sobre a reação às prisões dos condenados pelo mensalão. O alarido na defesa dos presos incomoda uma parcela da tendência que comanda o partido.

Um dos integrantes da Executiva avalia que essa mobilização pode gerar movimento idêntico dos adversários. A linha da defesa também não unifica. Um ministro traduz: “Ocorreram irregularidades. Não tenho coragem de dizer que são presos políticos”.

Esses quadros petistas da tendência majoritária, a CNB, consideram que a raiz do escândalo está no equívoco do PT ao centralizar o financiamento da campanha eleitoral de 2002. E que a relutância de assumir o crime eleitoral, desde o começo, levou-o à derrota na guerra de comunicação. Novos erros estariam sendo cometidos agora.

Um deles foi José Dirceu informar que trabalharia num hotel, que levou ao vazamento do salário (R$ 20 mil). Além disso, para alguns, o tom da reação parece desmesurado. Um petista comenta: “Tem gente muito solidária e que quer que todo mundo fique”. O centro desse debate interno é sobre qual a melhor maneira de proteger a imagem do PT.

Luiz Fernando Cerni/Itamar Franco/O Globo