Segundo o senador, a “presidente Dilma Rousseff contraria a legislação em vigor e apropria-se, indevidamente” da rede, para fins eleitorais. Ontem, a presidente afirmou em pronunciamento que o leilão não era uma privatização do petróleo brasileiro, mas uma grande conquista para o país.
Segundo Aécio, a presidente deveria ter falado da “imensa desvalorização” da empresa sob a administração petista –segundo dados da Economatica, o valor de mercado da empresa cresceu 336% desde 2003.
Ontem, ele já havia feito críticas ao governo, quando declarou que o leilão trouxe o reconhecimento do governo, “ainda que tardio e envergonhado, da importância do investimento privado para o desenvolvimento do país”.
“O atraso na realização do leilão e as contradições do governo vêm minando a confiança de muitos investidores e, no caso da Petrobras, geraram uma perda imperdoável e irrecuperável para um patrimônio construído por gerações de brasileiros”, disse.
Já o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) afirmou que o interesse do governo é somente a produção superavit primário. Já o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), afirmou que “o governo está de olho no bônus que aferirá com a privatização desse patrimônio denominado Libra.”
Crítico do governo, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse que a gestão Dilma é “neoliberal”, e não progressista, como alardeado na campanha da presidente.
Em contrapartida, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse hoje que o “êxito” do leilão de Libra permitirá que o país “dê um salto extraordinário nos investimentos feitos em educação”.
Luiz Fernando Cerni/Folha de S. Paulo