Em partida disputada, o Atlético-PR avançou às oitavas de final da Copa do Brasil após bater o Paysandu por 2 a 1, na Vila Capanema, em Curitiba. Agora, o clube paranaense espera o sorteio para saber seu próximo adversário. A partida também foi marcada por um belo gesto dos jogadores do Atlético-PR, que entraram em campo com uma faixa em homenagem ao ex-lateral-direito Djalma Santos, que faleceu nesta terça-feira. O jogador esteve no time paranaense de 1968 a 1972. Mas se engana quem pensa que a classificação veio fácil.
De início, vá lá, até parecia que seria assim, sem percalços. Apesar do empate sem gols na partida de ida, em Belém, o time do Atlético-PR não teve receio de ir ao ataque e sofrer um gol. Mas houve uma ajuda inicial do árbitro.
Logo aos quatro minutos, Everton invadiu a área pelo lado esquerdo e Jean interceptou a bola de carrinho. O meia do Atlético-PR caiu no chão e o árbitro caiu na cena. Pênalti mal marcado que Paulo Baier só converteu três minutos depois diante de grande reclamação dos jogadores do Paysandu.
Assustado com o gol logo de início, o time de Givanildo de Oliveira deu ainda mais espaço para o Atético-PR atacar. Aos 15 minutos, Marcão soltou um petardo de fora da área e quase acertou a meta de Marcelo. Foi o bastante para o time de Belém acordar. Mas não o suficiente para empatar a partida.
Em lance inacreditável, Careca escapou pelo lado esquerdo e pegou a defesa do Atlético-PR desprotegida. Ne medida, o atacante cruzou para o lateral-direito Pikachu, que, na pequena área, conseguiu perder o gol e mandar para fora.
O lance levou ambas as torcidas ao desespero, fosse por alívio ou raiva. O Atlético-PR passou a ter mais chances e quase ampliou aos 29 minutos, quando Paulo Baier deu toque de letra e deixou Marcão na cara do gol. No momento do arremate, porém, o atacante furou e a bola saiu pela linha de fundo. Contido no campo, o Paysandu pouco produziu até o fim do primeiro tempo.
Na segunda etapa, os times voltaram mais animados. Com apenas um minuto, Iarley teve boa chance na grande área, mas tentou apenas encobrir com a cabeça o goleiro Weverton, que defendeu com facilidade. Com o vaivém no meio de campo, o jogo ficou um tanto quanto truncado. Mas apenas um gol do Paysandu já dava a classificação para o time paraense.
Aos 14 minutos, porém, a situação ficou ainda mais complicada para o time de Givanildo de Oliveira. Em jogada pela esquerda, Marcelo recebeu a bola na grande área, girou em cima do zagueiro Jean e bateu sem chances para o goleiro Marcelo. 2 a 0 e classificação encaminhada.
O Atlético-PR continuava a pressionar o adversário, mas foi o Paysandu que assustou: aos 26 minutos, Eduardo Ramos cruzou para a área, Zé Antônio tentou pegar o rebote e desviou. Na sobra, Zé Antônio bateu de primeira, sem chances para Weverton. Golaço que deixava o Paysandu ainda vivo no jogo.
Mas o Atlético-PR, experiente, passou a tocar a bola. Vagner Mancini sacou o veterano Paulo Baier, cansado, para dar mais fôlego à equipe. Sem grandes alternativas, o Paysandu apenas ficou refém das bolas alçadas à área. Foi pouco. Fim de partida e Atlético-PR segue em frente na Copa do Brasil.
Nacional-AM volta a vencer e elimina a Ponte Preta na Copa do Brasil
A Ponte Preta está eliminada da Copa do Brasil. Depois de perder em casa por 1 a 0 no jogo de ida, a equipe campineira visitou o Nacional-AM e levou o mesmo placar, 1 a 0 para a equipe amazonense no Roberto Simonsen, em Manaus, e está eliminada na terceira fase da Copa do Brasil.
O gol da vitória do Nacional foi marcado aos 18 minutos do primeiro tempo. Danilo Rios tirou da marcação e chutou. A bola bateu na trave, e, na sobra, Leonardo completou para a rede. O time amazonense chega pela primeira vez na sua história às oitavas de final da competição.
A classificação marca a segunda consecutiva da equipe da Série D sobre um clube da Série A. Na segunda fase, com uma goleada por 4 a 1 em casa e uma derrota por 1 a 0 fora, o time de Manaus eliminou o Coritiba.
Agora, o Nacional-AM aguarda o sorteio da CBF para conhecer o seu adversário das oitavas de final. A Ponte Preta, por sua vez, disputará a Copa Sul-americana.
Jefferson resolve nos pênaltis, Bota elimina Figueirense e vai às oitavas
Seis anos depois da polêmica semifinal, Botafogo e Figueirense voltaram a decidir uma vaga na Copa do Brasil. Novamente, sobrou emoção, e o troco do Glorioso veio com muito suor. Nos pênaltis, a equipe de Oswaldo de Oliveira fez 5 a 4 e passou às oitavas de final, após perder por 1 a 0 no tempo normal em partida que dominou o adversário.
Bota melhor, e Figueira na frente
Frio em Florianópolis, só no clima mesmo. Com a bola rolando, a partida foi quente desde o início. Mesmo com a vantagem, o Botafogo partiu para cima e quase abriu o placar com Gabriel, aos quatro minutos, que acertou o travessão após toque para trás de Lodeiro. O domínio era amplo, mas a resposta não demorou e veio em forma de castigo: Rodrigo fez bela jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Ricardo Bueno, que, livre, deslocou Jefferson.
Novamente foi o time de Oswaldo de Oliveira que controlou as ações. O mandante rifava a bola com frequência e irritava sua pequena torcida. O problema é que Seedorf, Lodeiro e Vitinho trocavam passes e não conseguiam penetrar. Rafael Marques não dava opções, e o Alvinegro ficou três vezes sem impedimento. Alto também foi o número de faltas (23) e cartões. Com o jogo por vezes preso e ríspido, quatro acabaram a etapa amarelados - dois de cada lado.
Perto dos acréscimos, o Bota tornou a chegar perto de marcar. Primeiro, Seedorf limpou o lance, mas Tiago Volpi encaixou no canto direito. Na sequência, Lodeiro aproveitou cruzamento de Julio Cesar e, de cabeça, quase surpreendeu o goleiro, que pegou em dois tempos.
Pouca técnica e coração na mão
No retorno do intervalo, o técnico Adilson Baptista buscou mais mobilidade a seu ataque, com o veloz Ricardo no lugar do discreto Rafael Costa, que, como defesa, foi pouco foi acionado. Não surtiu efeito. Com a bola colada nos pés, Lodeiro liderava as investidas dos cariocas e foi quem criou mais perigo. Aos seis, Volpi fez grande defesa em chute do uruguaio de longe. As 14, a vez de Rafael Marques girar como um autêntico pivô... mas isolar o chute de direita.
Nos contragolpes, pouco a pouco, o Figueirense ensaiava alguns sustos à defesa rival. Dener e Tchô entraram e melhoraram a produção. O Botafogo, por sua vez, mostrava certo cansaço. E recuava, dando espaços. Por volta dos 25 minutos, a diferença técnica entre o então líder da Série A e o quinto colocado na Série B não existia mais. Valente, porém, o Glorioso retomou as rédeas e se manteve no campo de ataque, ciscando, mas longe de ser efetivo.
O finzinho foi emocionante. Se a qualidade já estava longe do Orlando Scarpelli, pelo menos ambos não deixaram de lutar pela classificação no tempo normal. O último passe era o grande vilão. Ainda houve tempo para que, no apagar das luzes, Seedorf quase virasse herói. Ao levar a melhor sobre o marcador, bateu muito fraquinho já dentro da pequena área e facilitou o goleiro. No início da jogada, até foi puxado claramente, mas, como manda sua cultura europeia, não se atirou no gramado. Restou reclamar, em vão.
Nos pênaltis, Lodeiro parou em Tiago Volpi, e Ricardo Bueno bateu por cima, num começo nervoso. Seedorf e Tchô marcaram, assim como Renato, para o Botafogo, e Wellington Saci, para o Figueira. Edilson mandou um balaço defendido por Volpi, mas André Rocha não aproveitou e parou em Jefferson. Para fechar a série regular, os zagueiros Dória e Thiego não vacilaram. Até aí, 3 a 3. Nas alternadas, Alex fez e Bruno Pires também. Para fechar, Rafael Marques garantiu o seu e, finalmente, Nem parou em Jefferson. Fim de papo.
Garotos brilham, Santos derrota Crac e se classifica para as oitavas de final
Sem cinco titulares, que foram poupados pelo técnico Claudinei Oliveira, o Santos foi a campo com um time repleto de garotos e avançou para as oitavas de final da Copa do Brasil ao vencer o Crac, por 2 a 0, nesta quarta-feira, em Catalão (GO).
Os gols da classificação foram de dois dos novos Meninos da Vila, Gustavo Henrique e Léo Cittadini. O duelo de ida havia sido 1 a 1, e agora os santistas esperam pelo sorteio que definirá o próximo adversário na competição.
Se fosse eliminado, o Peixe iria automaticamente para a Copa Sul-Americana, competição em que os clubes que avançarem pela terceira fase da Copa do Brasil não vão disputar, como é o caso do Santos agora.
LFC Notícias/Globo Esporte/ESPN