quinta-feira, 26 de julho de 2012

No Engenhão na estreia de Dorival no comando do Flamengo diante da Portuguesa ficaram só num empate sem gols


Empate sem gols na estreia de Dorival Júnior mantém a crise viva pelos lados do time rubro-negro. Foto: Mauro Pimentel/Terra

Em jogo de baixíssimo nível técnico pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro e com novos protestos da torcida rubro-negra, o Flamengo não saiu de um empate sem gols com a Portuguesa, nesta quinta-feira à noite, no Engenhão. O confronto marcou a estreia do treinador Dorival Júnior no clube rubro-negro, mesmo sem o novo comandante ter dirigido nenhum treinamento com os jogadores.


Com o empate, o Flamengo fica na décima colocação, com 16 pontos. Já a Portuguesa vai aos 10 pontos, mas continua na zona de rebaixamento, em 17ª, por causa da vitória do Bahia sobre o Palmeiras. Na próxima rodada, as duas equipes entram em campo no domigo: o Flamengo visita o São Paulo, às 16h (de Brasília), enquanto que o time lusitano recebe o Náutico, às 18h30 (de Brasília).


No Flamengo, Dorival Júnior apenas corroborou as duas alterações feitas pelo interino em relação ao time que foi escalado na última partida de Joel Santana, na derrota para o Cruzeiro: o contestado zagueiro Wellington entrou na defesa , no lugar de Marllon, e o jovem meia Mattheus, filho de Bebeto, recebeu uma oportunidade no lugar de Renato Abreu.


Já nos lados da Portuguesa, o empate do clube contra o Corinthians, no último sábado, em pleno Pacaembu, animava o técnico Geninho para o duelo no Rio de Janeiro. O treinador do time do Canindé contava ainda com a volta do zagueiro Rogério entre os titulares, mas perdeu Guilherme, de fora para não ultrapassar o número de seis partidas com a Portuguesa no Brasileiro. Com isso, Geninho escalou o time no 3-5-2.


O jogo


O primeiro lance perigoso do jogo foi dos donos da casa, aos 6min. Após boa jogada de Adryan pela direita, Vagner Love cabeceou desequilibrado para defesa firme de Dida. De novo pela direita e com um menino, mas desta vez com Mattheus, o Flamengo voltou a assustar aos 11min, dando trabalho para Dida. Melhor em campo, o Flamengo criava as melhores chances do jogo, mas sem causar tanto perigo aos adversários.


A melhor chance da partida, ironicamente, foi na primeira oportunidade lusitana. Aos 22min, Ricardo Jesus finalizou de perda direita no travessão de Paulo Victor. No minuto seguinte, em lance bem parecido iniciado pela direita, a Portuguesa perdeu novamente a chance de abrir o placar, parando no goleiro e na defesa flamenguista. Aproveitando-se da queda dos mandantes, Luís Ricardo quase fez aos 25min, após boa jogada individual e finalização por cima. Na chance mais real do Flamengo, Vagner Love mostrou que a sua fase ruim continua. Após falta cobrada na área, o atacante deixou de marcar embaixo do gol, completamente sozinho, finalizando para fora. Com a má atuação da equipe na primeira etapa, as primeiras vaias começaram a ecoar no Engenhão ainda antes do intervalo, direcionadas principalmente aos constantes erros de passe dos cariocas.


Para o tempo final, Dorival tirou o apagado Ibson para a entrada de Renato Abreu. A primeira chance, contudo, foi da Portuguesa, aos 8min: Ricardo Jesus recebeu sozinho na entrada da área, mas chutou completamente torto para fora. De péssimo nível técnico, o segundo tempo teve poucas chances de ambos os lados. A Portuguesa chegava com mais perigo nos contra-ataques, mas não acertava a conclusão.


O treinador Dorival Júnior, bastante agitado, realizou novas mudanças na equipe, com as entradas do argentino Bottinelli e do garoto Thomas. Entretanto, as trocas não surtiram efeito e o clube rubro-negro apresentou a conhecida desorganização dentro do gramado. O péssimo desempenho do time e os gritos de "time sem vergonha" ao fim do jogo deixaram claro para Dorival que um grande trabalho o espera no comando do Flamengo.