Depois da frustração pela derrota na final de 2008 para o Manchester United nos pênaltis, o Chelsea conseguiu justamente da mesma forma a sua redenção. com isso, o time dos experientes Drogba, Lampard, Terry e Cech atingiu o objetivo que perseguia desde que o bilionário russo Roman Abramovic comprou o clube.
No tempo normal, apesar da pressão do Bayern do início ao fim, o sistema defensivo do Chelsea só foi superado aos 37 minutos do segundo tempo, com um gol de cabeça de Muller após cruzamento de Schweinsteiger. No entanto, Drogba empatou o confronto aos 42. Na prorrogação, nada de gols, e a decisão acabou mesmo nos pênaltis.
O jogo - Os dois times tinham desfalques para a decisão, e o Bayern, que não contava Badstuber, Alaba e Luiz Gustavo suspensos, teve como principal novidade a entrada de Contento na lateral esquerda. No Chelsea, David Luiz voltou a jogar e foi titular após se recuperar de lesão. A surpresa foi a entrada do lateral Bertrand, que atuou imporvisado no meio-campo. As ausências foram Ramires, Terry e Ivanovic, todos suspensos.
Desde antes do apito inicial, o barulho da torcida do Bayern era mais forte do que a do Chelsea. Aliás, o comportamento dos torcedores nas arquibancadas era bem parecido com o dos times dentro de campo. Enquanto os alemães pressionavam e cantavam mais alto, os ingleses tentavam a respostas nos contra-ataques e em gritos esporádicos. Apesar de jogar em casa, o time da casa não tinha uma maioria esmagadora de torcedores no estádio, já que a Uefa divide os ingressos para as duas equipes de forma igual.
Os alemães tiveram o domínio da partida desde o início e criaram as principais chances, mas acabaram falahando nas finalizações. Na primeira delas, Robben exigiu grande defesa de Cech e pouco depois Muller errou o chute. Mas ao portunidade mais clara do primeiro tempo, aos 42 minutos, foi desperdiçada por Mario Gómez, que chutou torto após fazer boa jogada.
Com uma postura defensiva, o Chelsea só acertou o gol em um chute de Kalou, que foi tranquilamente defendido pelo goleiro Neuer. Mesmo sem a equipe conseguir oferecer perigo ao adversário, os torcedores ingleses tentavam abafar os gritos dos alemães as arquibancadas. No banco, o técnico Roberto Di Matteo se mostrava mais agitado do que Jupp Heyckes, tentando corrigir o posicionamento do time para fechar todos os espaços.
Na segunda etapa, o panorama do duelo con tinuou o mesmo. O Bayern cada vez mais aumentando a pressão, enquanto o Chelsea se defendia e tentava os contra-ataques. Ribéry chegou a balançar as redes para o time alemão após chute de Robben, mas a arbitragem anulou apontando impedimento do francês.
Apesar da enorme vantagem de posse de bola e de ficarem no campo de ataque durante quase todo o tempo, os donos da casa tinham dificuldades para encontrar espaçoes no sólido sistema defensivo dos visitantes.
Mas a insistência deu certo aos 37 minutos, quando Thomas Muller marcou de cabeça após cruzamento de Schweinsteiger, para delirio dos torcedores.
O título estava perto e a festa parecia pronta, mas Drogba provou a sua qualidade mais uma vez. Aos 42 mintuos, o atacante marfinense aproveitou cobrança de escanteio de Mata e cabeceou para fazer o gol e empatar a partida, levando a final para a prorrogação.
O tempo extra começou com a mesma emoção que terminou os 90 minutos. Logo no inicio, Drogba cometeu pênalti em Ribéry. Porém, aos 4 minutos, o goleiro Cech defendeu a cobrança de Robben. O Bayern manteve o domínio da posse de bola, mas criou poucas chances, e a Champions League 2011/2012 acabou mesmo sendo decidida nos pênaltis.
Os alemães continuaram mais ofensivos durante o tempo extra, mas não conseguiu marcar o segundo gol. A decisão foi para os pênaltis, e o Chelsea contou com gols de David Luiz, Lampard, Ashley Cole e Drogba para garantir o título.