A escalação inicial do Real Madrid neste domingo era um prenúncio das dificuldades que a equipe viria a encontrar. Sem Kaká, a equipe de Mourinho até teve momentos de amplo domínio, mas nunca chegou a demonstrar uma organização real contra o Valencia, tornando o placar final de 0 a 0 bastante justo.
O primeiro tempo começou aberto, com o Real buscando o ataque e o Valencia marcando na frente, tentando restringir os anfitriões na origem das jogadas. Porém, a qualidade individual dos madrilenhos se sobressaía, com Ronaldo sendo o principal finalizador das jogadas em alta velocidade. Se dando conta dos perigos criados, os visitantes passaram a dosar mais a marcação sob pressão, saindo mais nos contragolpes e levando perigo a Casillas, que fez pelo menos duas boas intervenções. Sem um articulador declarado, já que Ozil não atuava exatamente centralizado, o Real chegava nas proximidades da área, mas terminou o primeiro tempo sem dar muito trabalho ao goleiro Guaita.
Atento ao que acontecia em campo, Mourinho sacou Higuain e colocou Di Maria, na tentativa de melhorar a criação. Logo no primeiro lance, Guaita fez boa defesa em chute de Ronaldo, dando a impressão que as coisas seriam diferentes. Porém, o Valencia seguiu bem fechado atrás, forçando os merengues a rifarem muitas bolas na área. Além disso, os visitantes eram valentes, e criavam boas oportunidades nos ataques em alta velocidade.
Foi apenas no final da partida que o português lançou Kaká, que pouco conseguiu fazer em uma equipe ansiosa e desorganizada. Porém, foi aí que brilhou a estrela do goleiro Guaita, que salvou em finalizações de Di Maria e Benzema, este último com dois remates à queima roupa. O time do Bernabéu, bem como a torcida, seguiam pressionando em busca do gol salvador, que não veio.
A diferença entre o Real e o Barcelona, que já foi de mais de dez pontos, chega a quatro, após a vitória dos catalães no sábado frente o Zaragoza. O Valencia mantém a terceira colocação, agora com 49 pontos em 31 rodadas.