Ideário do DEMOCRATAS
1. O compromisso maior do Partido é com a liberdade, sob todas as suas formas.
2. Em decorrência, somos contrários a qualquer processo de centralização do poder, tanto do
ponto de vista federativo, como do ponto de vista de divisão funcional de poderes entre
Executivo, legislativo e Judiciário.
3. A concentração de poder atinge gravemente a Federação, a independência dos Poderes e
o dinamismo econômico e social. O ideário do DEM nos impõe o dever de zelar pelo
patrimônio de liberdade e descentralização que o Brasil, a muito custo, vem conseguindo
manter na letra das suas instituições jurídicas e políticas. .
4. Impõe‐se, sobretudo, libertar as imensas energias criadoras do homem brasileiro,
repetidas vezes sufocadas pelo centralismo e pela estatização. A grande revolução a
realizar‐se neste País é a da liberdade da iniciativa em todos os planos ‐ no político, no
social e no econômico. É preciso estimular, por todos os modos, a participação
comunitária, abrindo‐se oportunidade à fecunda manifestação de nossas diversidades.
5. Preocupa‐nos o crescimento descontrolado da atividade empresarial do Estado, que, em
muitas áreas, transborda dos limites aceitos num regime econômico, social e político, de
livre competição. E entendemos que as empresas estatais deverão sempre estar sob
adequada fiscalização da sociedade.
6. O processo de libertação das amarras da concentração de poder inclui a proteção do
cidadão contra a asfixia burocrática, o controle da voracidade fiscal e a contenção da
interferência excessiva do Estado na atividade econômica. Consideramos, entretanto, que
há problemas e desigualdades que não podem ser satisfatoriamente resolvidos pelo livre
jogo das forças de mercado. Existe um espaço legítimo, sobretudo na área social, para a
atuação do Estado, o que não prejudica, antes preserva, o mais puro sentido de liberdade.
7. Acreditamos firmemente na concepção de que o ser humano deve ser livre para
manifestar suas idéias, acessar informações, professar uma religião, escolher seus
representantes, e de todas as formas que o Estado de Direito garante. E deve também ser
livre da fome, da ignorância e da insegurança.
8. Afirmamos a prevalência do interesse social sobre o individual. Mas, na visão humanística
que informa o nosso ideário, o destinatário final de toda a atividade social é o homem,
protegido em sua liberdade, dignidade e integridade. O desenvolvimento que pregamos há
de se fazer, portanto, a serviço do homem.
9. O DEM se compromete com a mudança. Uma Nação cuja população, em sua grande
maioria, ainda padece de carências essenciais no campo de alimentação, saúde, educação,
habitação e segurança, é certamente uma Nação em que há muitas coisas para mudar,
sem prejuízo do muito que é necessário preservar. O povo brasileiro reclama reformas
essenciais e, a seu lado, lutaremos para alcançá‐las por meios pacíficos, mas sem
transigências que retardem ou nos impeçam de torná‐las realidade.
10. Reafirmamos nossa integral fidelidade ao interesse nacional. É extremamente importante
preservar nossa identidade e nossa cultura, manter sob controle nacional o processo dedesenvolvimento e buscar a redução progressiva de nossa dependência do exterior,
especialmente no campo tecnológico. Manteremos, todavia, nossas janelas abertas para o
mundo na busca de uma justa e construtiva interdependência.
11. O desenvolvimento nacional é uma necessidade imperiosa e constitui, entre nós, aspiração
generalizada, além de poderosa fonte de motivação. O brasileiro rejeita qualquer tipo de
estagnação ou recessão. Como país soberano e cioso de suas responsabilidades, o Brasil
não poderá tolerar nenhum tipo de pressão ou imposição capaz de por em risco o seu
futuro, o seu desenvolvimento, a paz social e a garantia de oportunidades de trabalho para
os seus filhos. Lutaremos para garantir aos trabalhadores, liberdade de organização,
remuneração justa, alimentação, previdência social, assistência médica, lazer, habitação
condigna, proteção contra o desemprego, e demais condições necessárias à humanização
da vida no trabalho. Lutaremos igualmente para a atenuação dos desequilíbrios regionais
de desenvolvimento.
12. Governar é atividade essencialmente ética. A confiança, a credibilidade e a participação
constituem preliminares indispensáveis ao êxito da ação governamental. O Partido assume
um compromisso claro com a rigorosa observância das normas de austeridade e
honestidade no trato dos assuntos políticos.
História
Em 28 de março de 2007, o partido muda de nome para recuperar sua imagem após péssimos resultados nas eleições de 2006, em que perdeu dezenove cadeiras na Câmara dos Deputados e uma cadeira no Senado, além de conquistar apenas o governo do Distrito Federal. O primeiro nome escolhido foi "Partido Democrata" (PD). Entretanto, decidiram modificar sua sigla para DEM e seu nome para "Democratas". A eleição do deputado fluminense Rodrigo Maia como presidente do partido indica uma mudança de núcleo do Nordeste para o Rio de Janeiro e São Paulo.[carece de fontes]
A tentativa de uma nova imagem para o antigo PFL não chegou a ser uma aspiração isolada, na verdade quando da organização da ainda Frente Liberal um dos nomes cogitados para a nova agremiação foi o de "Partido Liberal Progressista" (PLP), contudo tal ação não vingou. Segundo a Fundação Getúlio Vargas durante o governo Collor uma informação atribuída ao Ministro da Justiça Jarbas Passarinho (e por ele negada com veemência) dava conta de que o PDS e PFL teriam a intenção de se reagrupar no "Partido Social Liberal" (PSL), aliás o termo "social" surgiu como alternativa para uma mudança de nome do partido algum tempo depois, entretanto havia quem apregoasse somente a alteração na expressão "frente" de modo a preservar a sigla PFL. Durante a transição para a nova sigla foi revelado por Jorge Bornhausen que "PFL" era uma denominação provisória apesar de decorridos vinte e dois anos desde a fundação do partido e a expressão "democratas" serve como um contraponto ao que ele qualificou de "onda de populismo" na América do Sul.
O partido aposentou alguns dos antigos líderes, os trocando por líderes mais jovens. A renovação inclui o ar de novidade a figuras do passado, como Gilberto Kassab e José Roberto Arruda, ou nomes de expressão antes regional, como Kátia Abreu. Como grandes conquistas até o momento, o partido conseguiu a derrubada da CPMF, tendo sua bancada fechado questão no Senado Federal contra a contribuição, defendendo a filosofia liberal de redução da carga tributária, e a prefeitura do Município de São Paulo, maior cidade do país e terceiro orçamento da nação, perdendo apenas para o estado de São Paulo e para a União.
Para as eleições de 2010, DEM, PSDB e PPS já formalizaram um pré-acordo para a constituição da coligação oposicionista, intitulada "Bloco Democrático-Reformista".
Em novembro de 2009, o partido defrontou-se com o escândalo Mensalão do GDF ou mensalão do DEM de Brasília, envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. No entanto, como o partido assumiu uma posição firme de deliberar pela expulsão de Arruda, o mesmo pediu desfiliação do partido no dia 10 de dezembro de 2009, para evitar um desgaste político ainda maior.
Composição atual
Deputados AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO
28 0 0 1 1 3 0 0 0 1 0 4 1 1 1 2 2 0 2 1 1 0 1 1 0 1 3 1
Bancada eleita para a legislatura
Legislatura Eleitos % AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA
PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Diferença
54ª (2011-2015)
43 8,38 0 0 1 1 6 0 0 0 3 1 3 1 1 1 1 2 2 2 2 2 0 1 1 3 1 6 2 -22
53ª (2007-2011)
65 12,67 0 2 1 1 13 0 2 0 1 2 6 0 0 2 1 3 2 5 5 1 0 2 2 3 3 5 3 -19
52ª (2003-2007)
84 16,37 0 2 3 0 19 2 1 0 3 7 7 1 1 1 1 5 4 2 4 2 1 3 1 2 2 7 3 -21
51ª (1999-2003)
105 20,47 3 1 4 2 20 1 1 1 2 6 8 1 1 3 3 8 5 6 9 3 2 0 1 3 0 8 3
PV - Partido Verde
História
O Partido Verde brasileiro surgiu em janeiro de 1986. Foi fundado por ambientalistas e outros ativistas de movimentos sociais, tendo como suas mais expressivas lideranças Carlos Minc, que depois voltou ao PT, Melo Viana, Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis, Domingos Fernandes, José Luiz de França Penna; posteriormente aderiram o deputado Sarney Filho e mais recentemente, em 2009, a senadora Marina Silva.
Nas eleições municipais de 2008, o PV elegeu pela primeira vez um prefeito em uma capital brasileira, no caso a prefeita Micarla de Sousa, eleita no 1º turno com 51% dos votos, que comanda Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Em 2009, o PV passou a ter como filiado uma importante figura, ligada à defesa do meio ambiente, Marina Silva.
Em Convenção Nacional no dia 10 de junho de 2010, Marina Silva foi lançada por consenso como candidata à presidência, tendo como o candidato a vice-presidente, o empresário Guilherme Leal.
Ideologias
Os principais aspectos programáticos do PV são o desenvolvimento sustentável, e a diminuição da desigualdade social. Defende o pacifismo,[carece de fontes] o federalismo, o parlamentarismo, a democracia direta e o poder local. Esses temas, porém, carecem de uma discussão profunda no partido.
Para evitar a eleição direta, sua executiva permanece provisória, apesar dos 25 anos de existência. A revisão estaturária a partir de 2011 passa a ser proposta pelo grupo interno Transição Democrática. Esse grupo, que tem Marina como referencial, propõe profundas alterações estatutárias e inclusive a participação dos filiados "em rede", pela internet, tendo criado um site para estimular essa mobilização (http://www.transicaodemocratica.com/).
Seus fundadores incluem em seu programa a legalização do casamento homossexual, legalização e descriminalização do aborto e das drogas, mas a partir do ingresso de Marina Silva essa posição está sendo revista por não representar consenso na sociedade brasileira. Marina propôs que tais temas polêmicos sejam submetidos a um plebiscito, o que não ocorreu até o momento.
O partido se diz estar em uma posição no espectro político que ultrapassaria a questão "esquerda-direita", com o discurso de que a visão antecipatória proposta pelo PV não está à direita nem à esquerda, mas à frente.
Composição atual
Deputados AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO
10 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 1 2 1 0 0 0 0 0 2 0
Bancada eleita para a legislatura
Legislatura Eleitos % AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Diferença
54ª (2011-2015)
14 2,73 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 1 2 1 1 0 0 0 0 5 0 +1
53ª (2007-2011)
13 2,53 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 5 0 +8
52ª (2003-2007)
5 0,97 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 +4
51ª (1999-2003)
1 0,19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0