segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Gaievski gostava de meninas virgens, indicam denúncias


Novas e chocantes denúncias contra Eduardo Gaievski, ex-assessor de Gleisi Hoffmann (Casa Civil), não param de surgir. Em depoimento à polícia, a menina C.P.S., de 14 anos, declarou que era virgem quando teria sido estuprada pelo então prefeito, em 22 de setembro de 2009. Era o dia de seu aniversário de 14 anos.

Segundo depoimento, no dia em que completou 14 anos, a menina teria sido convidada para tomar sorvete por “Fernanda V.”, sua amiga. Investigações posteriores revelaram que Fernanda, na época com 18 anos, seria uma antiga vítima de Gaievski, abusada por ele quando tinha 15 anos, e passara a atuar como agenciadora. Fernanda teria convidado a adolescente para tomar sorvete para comemorar o aniversário e avisado que um “amigo” iria junto.

O “amigo” seria Gaievski, então prefeito da cidade. C.P.S. afirma que a princípio não o reconheceu porque estava escuro, mas, confiante na “amiga”, embarcou sem suspeitar de nada no banco de trás da caminhonete prata que foi buscá-la próximo de sua casa. Começou a estranhar porque demorava muito a chegar a qualquer sorveteria que conhecesse. Quando o carro parou, em lugar da sorveteria descobriu que estavam no Motel Je T’Aime.

C.P.S. afirma que quando se deu conta do que estava acontecendo, disse que não queria fazer sexo e que era virgem. Gaievski teria deixado claro que sabia disso e que essa condição só aumentava seu interesse em C.P.S. A garota diz que se recusou a descer do carro. Fernanda V. teria tirado a menina à força do veículo e a arrastado até uma suíte onde a deixou trancada com Gaievski enquanto esperava no carro. Trancafiada no quarto do motel, C.P.S. diz que gritou por socorro, chorou muito e resistiu o quanto pode ao estupro. Foi espancada até ceder, realtou à polícia.

As investigações apuram que Gaievski abusou de C.P.S. mais duas vezes. Nessas ocasiões teria usado outra estratégia. Como a mãe da menina era funcionária da prefeitura de Realeza, teria ameaçado demiti-la e deixar a família na miséria se a menor não fizesse sexo novamente com ele. Quando, apesar das ameaças, a menina teria se recusado a sair com o pedófilo, as ligações continuaram. Agora queria que arrumasse outras crianças, da mesma idade ou mais jovens ainda, para fazer sexo, é o relato de C.P.S.

A história de C.P.S. é semelhante à de J.E.S., que afirma ter sido estuprada por Gaievski depois de assédio e ameaças, quando tinha 12 anos. Ou ainda a de A.C., de 14 anos, que vive em um assentamento do MST próximo de Realeza. Também é parecida com o relato supostamente feito por Gaievski em áudio postado no YouTube, que passa por perícia do Ministério Público. Em comum com as outras meninas que se dizem vítimas de Gaievski, além da extrema juventude, a condição de muito pobres.

No dia 28 de novembro de 2012, o ainda prefeito Eduardo Gaievski postou em seu perfil no seu Facebook, com estilo arrogante e português trôpego, esta mensagem: “Estou chegando ao final do segundo mandato, com a consciência tranquila de reafirmar que vale a pena ser Honesto e não há dinheiro que pague, ter a oportunidade de melhorar a vida dos Realezenses.”

Luiz Fernando Cerni/Fábio Campana