Vamos aos fatos. O arranjo montado para derrotar Requião na convenção do PMDB, em dezembro último, envolveu o governo de Beto Richa (PSDB), e as várias alas do partido: a da bancada estadual na Assembleia e a do ex-governador Orlando Pessuti (considerado o fiel da balança na legenda).
Pois bem, não há santo que faça os deputados se unirem em torno de um único nome para a reforma no secretariado de Richa. Um veta ao outro. O humor dos parlamentares, inclusive, vai se alterando. Agora eles falam que apoio na Assembleia não significa apoio automático à reeleição do tucano em 2014.
Richa pretende o PMDB apenas para passar um “inverno”. Quer garantia que terá maioria na Assembleia até chegar 2014. Depois descarta o aliado, pois sabe que – pelo menos hoje – “terreno na lua” não tem valor comercial.
E o que farão os combativos deputados do PMDB daqui dois anos? Para salvar sua própria pele, muito provavelmente, vão buscar Requião para disputar o Palácio Iguaçu. Isso já aconteceu antes!
Não há no futuro chance alguma de o PMDB se coligar com o PSDB aqui no Paraná ou em qualquer outro estado, pois o partido tende a repetir o vice Michel Temer na chapa da presidenta Dilma Rousseff. Isso se o Lula não prosseguir com o plano de colocar o PSB no vice. No qual deve ser dificíl, devido ao partido ter ido contra ao Senador Renan, que é a da situação federal nas eleições para a presidência do senado, onde acabou vencendo a dispusta.
Quem não se lembra dos anos 90 quando Requião perdeu o comando do PMDB para o então governador Mário Pereira? Entretanto, temendo ficar sem coligação e legenda na proporcional, tempos depois os deputados resgataram o velho peemedebista para disputar o governo. E ganhou.
Portanto, em 2014, a tendência que tenhamos três competitivas candidaturas ao governo do Paraná: Gleisi Hoffmann (PT), Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (PMDB).
Fonte: Esmael Morais