quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

PMDB reduz ambição em relação à reforma no secretariado de Richa


“Estou muito feliz com as mudanças ocorridas até aqui”, disse ao blog um deputado estadual do PMDB, referindo-se aos nomes anunciados ontem (23) pelo governador Beto Richa (PSDB) na reforma do secretariado. Note-se que nenhum peemedebista fora anunciado na equipe do tucano.

A bancada peemedebista – a maior da Assembleia Legislativa com 12 deputados — não se entende entre si. Cada qual puxa a sardinha para a própria brasa. Um veta ao outro. Nessa, quem dançou foi o deputado licenciado Luiz Cláudio Romanelli, secretário do Trabalho, que sonhava assumir a Casa Civil.

Por exigência de Ratinho Junior, novo secretário do Desenvolvimento Urbano (SEDU), Richa deu a Casa Civil a Reinold Stephanes, que abriu vaga ao suplente Marcelo Almeida (PMDB) – estrategista de Ratinho.

Como se vê, Ratinho Junior ganhou mais importância que uma dúzia de deputados peemedebistas. É lei da oferta e da procura que, assim como o mercado, também forma sua bolha política. Um que vale por 12, na lógica do governador.

O PMDB anti-Requião, que antes ambicionava quatro secretarias e duas autarquias, agora se contenta com bem menos: apenas coligação na proporcional com o PSDB, além da vaga de vice e/ou senador na chapa de Richa. Os deputados tucanos preferem o suicídio a agasalhar os peemedebistas no ninho.

Para presidente da República, avisam os deputados peemedebistas, a bancada defende Dilma Rousseff. O experiente deputado Waldyr Pugliesi, ex-presidente estadual do PMDB, assim classificaria essa tentativa de mistura: “Eles estão tentando fazer a bactéria conversar com a penicilina”.

Quando soube do arreglo montado pela ala peemedebista pró-Richa, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) reafirmou sua tese de meses atrás: “Ainda estão tentando vender terreno na Lula para o Beto Richa”.

Resumo da ópera: O PMDB do Paraná está mais perdido que cego em tiroteio.

Fonte: Esmael Moraes