A boa nova vem do Paraná. Coube ao presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Edson Campagnolo, levantar essa bandeira. Segundo ele, a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), assim como as demais concessionárias de água do país, é a maior consumidora de energia do estado.
“O impacto do ‘bônus’ concedido às empresas brasileiras, inclusive as de água e esgoto, podem ajudar em um circulo virtuoso de desenvolvimento e prosperidade”, analisa Campagnolo. No caso paranaense, calcula o presidente da FIEP, ou esse “bônus” é repassado em forma de desconto aos consumidores ou em forma de dividendos aos acionistas privados da Sanepar.
Uma parte do dinheiro para subsidiar a tarifa de energia é bancada pelo tesouro nacional, outra da antecipação da renovação de concessões de usinas e de linhas de transmissão que estão sob as jurisdições de governos estaduais. O governador Beto Richa (PSDB) aderiu parcialmente ao plano da presidenta Dilma.
“Se a Sanepar não reduzir a tarifa da água, o governo federal apenas estará maximizando os ganhos de sócios privados de uma empresa estratégica ao setor produtivo e aos paranaenses. Não creio que seja essa a vontade da presidenta”, opinou Campagnolo.
A Sanepar é uma empresa de capital misto cujo sócio majoritário é governo do Paraná e outra empresa de capital misto, a Copel (Companhia Paranaense de Energia), também sob o controle do governo paranaense, figura entre os sócios da companhia de água e esgoto.
“A redução da tarifa da água é mais do que uma questão econômica, é uma questão de coerência com os consumidores”, concluiu Edson Campagnolo, presidente da FIEP.
Fonte: Esmael Moraes