Palmeiras irreconhecível comparado ao ano passado e vence fora de casa por 6 à 2 em cima do Botafogo-SP, com um jogo especificamente com todos pelo lado do verdão e principalmente com Maikon Leite, Barcos e Valdívia na sua grande volta, que dupla que não se via à tempo no verdão.
Contragolpes, chances perdidas e vantagem
Teve um início de jogo muito bom, aproveitando os muitos espaços deixados pela defesa adversária. Maikon Leite se mostrava o jogador mais lúcido em campo no Estádio Santa Cruz e foi o responsável pelas melhores oportunidades dos visitantes.
O camisa 7 palmeirense teve duas boas chances de abrir o placar nos minutos iniciais do confronto, mas foi barrado pelo goleiro Juninho, aos 7 e aos 11min. Barcos também teve duas oportunidades muito boas para aumentar sua conta com a 29 palmeirense, mas falhou duas vezes. Na primeira, Márcio Araújo avançou da intermediária e lançou para o argentino, que fez uma boa finta dentro da área antes de chutar para a defesa de Juninho aos 14min. Não muito depois, aos 18min, ele recebeu desmarcado de Maikon Leite e driblou o goleiro, mas se atrapalhou na hora de finalizar e foi desarmado.
Enquanto o Palmeiras pressionava e tinha uma saída em velocidade para o ataque, o Botafogo-SP só oferecia relativo perigo a Deola em chutes de fora da área, mas sem muito trabalho para o goleiro alviverde. Assim, a pressão do time de Scolari surtiu efeito aos 23min: Marcos Assunção levantou na área e Marquinhos desviou de cabeça, marcando contra. Valdivia, que estava no lance, tratou de comemorar como se ele mesmo houvesse colocado para o fundo da rede.
O ritmo palmeirense diminuiu com o 1 a 0 no marcador, mas a vantagem aumentou no intervalo com um contragolpe fulminante originado de um lançamento do lateral esquerdo Juninho. Ele colocou Maikon Leite para correr nas costas do zagueiro, e o camisa 7 invadiu a área, não perdeu a posse de bola quando tentou fazer um corte em Marco Aurélio e completou para o gol.
Golaço de Barcos e estrela de R. Bueno:
O Palmeiras não demorou para fazer o terceiro em Ribeirão Preto, em uma linda jogada coletiva do ataque alviverde aos 9min. Juninho foi lançado pela ponta esquerda por Márcio Araújo, tirou do goleiro e rolou para Valdivia. O meia chileno fez um corte sobre o adversário, mas, ainda marcado, abriu para Barcos. Com o gol vazio, o argentino precisou apenas empurrar da pequena área para, enfim, deixar o seu.
A tranquilidade palmeirense aumentou depois que o zagueiro Marquinhos acumulou dois cartões amarelos em um curto intervalo de tempo e foi expulso de campo. Com um a mais, Luiz Felipe Scolari aproveitou para testar a entrada de Daniel Carvalho (no lugar de Maikon Leite) para atuar ao lado de Valdivia.
Um pouco acomodado, o Palmeiras até viu o Botafogo descontar aos 32min, quando Alessandro recebeu cruzamento na segunda trave e cabeceou na saída de Deola. A resposta dos visitantes, entretanto, foi imediata: Ricardo Bueno, segundos depois de entrar em campo no lugar de Valdivia, correu diretamente em direção à área, para onde Daniel Carvalho cruzou na cabeça do camisa 9, que fez o quarto.
Antes do apito final, o Botafogo-SP até anotou o segundo após bobeada da zaga alviverde aos 42min; Clebinho rolou na pequena área, Marcos Aurélio dividiu com Márcio Araújo e a bola acabou cruzando a linha.
O Palmeiras, porém, conseguiu consolidar uma goleada nos acréscimos. Primeiro foi Juninho, que fez o quinto gol depois do rebote que o goleiro do Botafogo-SP ofereceu em chute de Daniel Carvalho aos 46min. Dois minutos depois, o lateral esquerdo palmeirense foi agredido fora de campo pelo arqueiro adversário: a arbitragem paralisou a jogada, marcou pênalti e expulsou o camisa 1 botafoguense.
Coube a Alessandro a ingrata missão de tentar defender um pênalti de Barcos aos 49min do segundo tempo. O artilheiro argentino cobrou com tranquilidade, deslocando do improvisado lateral direito com a camisa 1 e, enfim, decretou a goleada e fechou a contagem.