BLOQUEIO
Após a confirmação, a Vigilância Epidemiológica iniciou trabalho de prevenção na região onde mora a pessoa infectada, realizando um bloqueio químico com pulverização nas residências há 300 metros ao redor do ponto central de onde surgiu da doença. “Para cada caso de dengue nós calculamos outros dez que não foram detectados. Lembramos que em 2007 tivemos 106 pessoas (multiplica-se por dez) que contraíram dengue autóctone, por isso se essas pessoas contraírem a doença novamente têm 99,99% de chances de a doença evoluir para dengue hemorrágica e nós não temos leitos de UTI na região Oeste pra atender essas pessoas. Por isso, a prevenção é tão importante”, salienta José Roberto Garai.
NEGLIGÊNCIA
Mesmo com a epidemia de 2007, o chefe de Divisão de Vigilância Sanitária e Coordenação de Nova Santa Rosa, José Roberto Garai (Zinho), revela que por muitas vezes ao longo dos últimos anos o trabalho da Vigilância Epidemiológica foi, segundo ele, negligenciado por ações políticas. “A gente não teve muito respaldo da administração anterior, porque não adianta a vigilância fazer a autuação e o sujeito ir até o prefeito, no caso o prefeito anterior, e o poder público “passar a mão” sobre o caso e ainda nos questionar porque fizemos a autuação”, enfatiza.
ARRASTÃO
Desde esta segunda-feira (28), em virtude do alto índice de infestação na região Oeste, a prefeitura de Nova Santa Rosa está realizando um arrastão, que visa recolher todo o tipo de material das residências do município que possam acumular água e ser um provável criadouro do mosquito. “Como Prefeitura estamos fazendo nossa parte realizando o arrastão contra a dengue, mas precisamos da colaboração de toda a comunidade nessa luta contra o mosquito. Nunca é demais ressaltar que a dengue mata”, salienta.
Entre os principais sintomas da dengue estão febre forte repentina, dor no fundo dos olhos, dores musculares, dores nas articulações e de cabeça, vômito, diarreia e manchas avermelhadas pelo corpo.
Legenda: Arrastão contra a dengue em Nova Santa Rosa continua até sexta-feira (01), mas pode ser prorrogado por mais tempo caso seja necessário .
Crédito: Marcos Elieser
Confira os áudios da entrevista ao chefe da vigilância sanitária de Nova Santa Rosa:
