No jogo pela taça, a Fúria vai enfrentar o ganhador de Alemanha e Itália, que se enfrentam nesta quinta-feira, em Varsóvia. A final será disputada no domingo, em Kiev.
A equipe espanhola vai agora em busca de um feito inédito. Nunca nenhuma seleção foi campeã de três grandes torneios de forma consecutiva. A Espanha conquistou a Eurocopa de 2008, a Copa do Mundo de 2010 e tentará também a Euro-2012.
Em um duelo bastante equilibrado, Portugal conseguiu evitar que a Espanha tivesse a posse de bola bem superior ao adversário como de costume. Os portugueses foram melhores, mais objetivos, no tempo normal. Mas os espanhóis dominaram a prorrogação. No final do jogo, a Fúria teve mais posse de bola (57% a 43%) e acabou tendo uma leve vantagem nas finalizações também (11 a 10).
O jogo - O técnico Vicente Del Bosque surpreendeu e armou a Espanha sem Fábregas e sem Torres. O centroavante Negredo foi escalado como titular pela primeira vez nesta Eurocopa. Já Portugal foi a campo com a formação prevista, com o atacante Hugo Almeida na vaga do lesionado Helder Postiga.
Assim como o técnico Paulo Bento havia prometido na véspera, a seleção portuguesa não se intimidou com a atual campeã europeia e desde o início também buscou jogo, sem ficar encolhida na defesa. Com João Moutinho comandando o meio-campo, Portugal ficou mais tempo no campo de ataque. Os espanhóis tocavam a bola, mas demonstravam pouca objetividade, o que acabou irritando os torcedores ucranianos, que vaiaram a equipe em determinados momentos.
O primeiro tempo terminou com a Espanha tendo uma leve vantagem na posse de bola, 55% a 45%, mas foi Portugal quem finalizou mais, 4 a 3. Na melhor das oportunidades, Cristiano Ronaldo chutou rasteiro, e a bola passou perto da trava do goleiro Casillas, arrancando aplausos das arquibancadas. A Espanha chegou a assustar com chutes de Arbeloa e Iniesta, mas não acertou o alvo nenhuma vez antes do intervalo.
Logo nos primeiros minutos da segunda etapa, Del Bosque fez duas substituições tentando fazer a Fúria chegar mais na área do adversário. Entraram Fábregas e Jesús Navas nos lugares dos apagados Negredo e David Silva. A seleção espanhola conseguiu melhorar um pouco, e Xavi acertou o primeiro chute da equipe no gol exigindo defesa de Rui Patrício. Mas a melhora não foi suficiente para criar mais oportunidades.
Do outro lado, Cristiano Ronaldo respondeu com três cobranças de falta, duas por cima do gol e uma na barreira (bateu na mão de Arbeloa e o juiz marcou falta). Mas Portugal também não conseguiu oferecer maiores perigos para Casillas. Paulo Bento ainda trocou o limitado Hugo Almeida por Nelson Oliveira, mas pouco adiantou.
Na Espanha, Xavi ainda saiu para a entrada de Pedro Rodríguez, deixando o time mais ofensivo. No final do tempo regulamentar, em um contragolpe, Raul Meireles tocou para Ronaldo, mas o atacante acabou errando o alvo. Com o 0 a 0 no placar, o duelo foi para a prorrogação.
Na primeira parte do tempo extra, a pressão foi espanhola. Com o apoio da torcida em maior número, a Fúria quase marcou o gol com Iniesta, após cruzamento de Pedro Rodríguez, mas Rui Patrício fez ótima defesa e espalmou para escanteio. Pouco depois, Sergio Ramos cobrou falta, e a bola passou perto da trave.
Na segunda parte, duas mudanças em Portugal. Entraram Custódio e Varela para as saídas de Miguel Veloso e Raul Meireles. Os espanhois seguiram com o controle das ações ofensivas, e Pedro disparou em velocidade em sentido a área em um lance, mas Pepe conseguiu fazer o corte. Com a igualdades nos 120 minutos, a decisão foi mesmo para os pênaltis.