domingo, 19 de agosto de 2012

No Canindé, Portuguesa e Inter ficam no empate em 1 a 1


Em um resultado ruim para ambos, Portuguesa e Internacional empataram por 1 a 1, na noite deste domingo, no Estádio do Canindé, em São Paulo (SP), no encerramento da 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de um primeiro tempo pouco movimentado, as duas equipes se abriram na etapa final, fazendo com que o jogo ficasse em aberto.

No primeiro tempo, o Internacional tomou a maior iniciativa, mas sentiu muito a ausência de um armador no meio-campo. Forlán, vendo pouca movimentação de seus companheiros no setor, tinha dificuldades para distribuir os passes. O uruguaio tinha que usar as suas jogadas individuais, que pouco surtiram efeito. Leandro Damião e Rafael Moura estavam isolados no ataque colorado.

Enquanto isso, a Portuguesa se preocupava em se defender para, então, tentar aproveitar os erros adversários e partir com a velocidade de Ananias e Bruno Mineiro, algo que não aconteceu. Com isto, a Lusa apostou nas laterais do campo, especialmente na esquerda, onde Marcelo Cordeiro, que demonstrou estar sem pontaria nos seus inúmeros cruzamentos, era muito acionado.

O baixo público no Canindé teve apenas uma emoção durante os primeiros 45 minutos. Aos 20, Kléber, livre de marcação, recebeu passe no meio da área, limpou o zagueiro e chutou. Dida espalmou e, depois de muita confusão, Leandro Damião ficou com o rebote e carimbou a trave lusitana, lance que fez os paulistas se cobrarem por mais atenção.

Na saída de campo, o zagueiro rubro-verde Gustavo revelou a postura da Lusa na etapa complementar. "O Internacional é uma grande equipe. O ataque deles é forte, mas nós vamos tentar ganhar na velocidade e aproveitar os detalhes no segundo tempo. Mas a nossa defesa está bem postada, evitando as situações de gols adversários", analisou o atleta.

Querendo mais apoio no seu setor ofensivo, o técnico Fernandão alterou o esquema tático para o 3-5-2, promovendo a entrada do zagueiro Juan no lugar de Elton. Com isto, Nei e Kléber ganharam mais liberdade para subir. E foi desta forma que Nei saiu na cara do gol logo aos 15 minutos, mas, sem ângulo, o jogador chutou fraco nas mãos de Dida. Já os lusitanos continuaram insistindo em Marcelo Cordeiro, responsável por quase todas as jogadas de bola parada. Em uma delas, o jogador arriscou e mandou direto para o gol. O goleiro Muriel, que foi surpreendido, conseguiu se esticar e mandar a bola para escanteio, evitando o primeiro gol no Canindé na primeira boa chegada dos mandantes.

Fernandão enxergou a necessidade de dar mais mobilidade ao seu meio-campo. Com isto, o treinador colocou Fred no lugar do apagado Rafael Moura. O jovem passou a ser muito acionado, ficando sobrecarregado. Fred errava muitos passes e não conseguia ligar as jogadas para Forlán, que, agora na área adversária, continuava ineficiente.

Quando o relógio marcava 30 minutos, Leandro Damião foi derrubado próximo ao escanteio da esquerda e o árbitro assinalou falta. Na cobrança, Kléber mandou a bola para o meio da área, onde Juan subiu mais do que todos e testou firme para o fundo das redes de Dida, seu ex-companheiro de Seleção Brasileira, abrindo o placar no Canindé.

No entanto, mal deu tempo para comemorar: seis minutos depois, Diego Viana foi derrubado por Índio na grande área e o árbitro assinalou penalidade máxima, gerando muitas reclamações por parte dos colorados, que não viram a infração. Na cobrança, Marcelo Cordeiro bateu alto no meio do gol de Muriel, que caiu para a direita.

Depois deste tento, a partida ficou em aberto, mas as redes não foram mais balançadas. O empate foi ruim para as duas equipes. No próximo sábado, às 21 horas (de Brasília), a Portuguesa tenta se consolidar na parte de cima da tabela contra a Ponte Preta, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP). Um dia depois, o Internacional tem confronto direto por uma vaga no G4 do Nacional justamente contra o seu maior rival, o Grêmio. Este clássico está marcado para as 16 horas, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).