sábado, 15 de novembro de 2014

40% de pessoas clinicamente mortas tem algum tipo de lembrança


Cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, analisaram num período de quatro anos, 2.060 pessoas que sofreram paradas cardíacas em hospitais da Áustria, Estados Unidos e Grã-Bretanha. Pelos menos 40% delas tiveram algum tipo lembrança no período em que estiveram clinicamente mortos.

Dos pacientes, 330 sobreviveram, nos quais, 140 foram entrevistados, sendo 55 deles, ou seja, 39% tiveram alguma lembrança no período em que estavam mortos. Sendo que foi descoberto ainda que a atividade cerebral segue por até três minutos, após o coração parar de bater.

Na pesquisa, mostra ainda que a grande maioria dos entrevistados não lembravam de muitos detalhes, mas descrevem sensações e imagens que se repetiam constantemente nos relatos. Pelo menos 20% dos entrevistados disseram que se sentiram em paz e outros 27% disseram que o tempo desacelerou ou acelerou.
Poucos pacientes que participaram do estudo tiveram memórias com clareza, o que impossibilitou aos cientistas um melhor aprofundamento no tema. O motivo da pouca clareza, segundo os cientistas, se deve pela memória dos pacientes serem afetadas pelo impacto do processo de reanimação no cérebro ou pelos sedativos usados.
Em um dos casos, um homem de 57 anos, relatou que enquanto estava clinicamente morto, observava o procedimento de reanimação feito pelos médicos em seu corpo. Com o relato deste homem, foi possível a confirmação de estudos antigos, no qual, o homem teve três minutos de atividade cerebral, após o coração parar de bater.