terça-feira, 29 de outubro de 2013

Decretada prisão dos irmãos Gaievski, ex-assessor de Gleisi

eduardo_gaievski LULA

A Justiça da Comarca de Realeza expediu mandados de prisão contra Edmundo Rafael e Francisco Romano Gaievski, o Fafo, irmãos do pedófilo Eduardo Gaievski, ex-assessor pedófilo da ministra Gleisi Hoffmann.

Os dois, Edmundo e Francisco, são suspeitos de envolvimento na coação de testemunhas para mudar os depoimentos de estupro contra o ex-assessor da ainda ministra da Casa Civil, acusado de 40 crimes sexuais.

Os irmãos de Gaievski, que se encontram foragidos, farão companhia ao filho do pedófilo, André Gaievski, e ao secretário de Administração da prefeitura petista de Realeza, Fernandes Borges, presos em flagrante quando tentavam subornar duas testemunhas de crimes sexuais para que mudassem depoimentos livrando de culpa o monstro da Casa Civil.

A polícia começou a investigar também a origem de significativa quantia em dinheiro que teria sido enviada a Realeza e vinha sendo usada para comprar testemunhas.

O numerário seria para garantir a mudança de depoimentos e para financiar despesas na operação para livrar Gaievski da cadeia.

São “recursos não contabilizados”, sem origem conhecida, que podem resultar em novos pedidos de prisão.

Os parentes de Gaievski e membros do PT estavam envolvidos em grande ofensiva para anular ou enfraquecer as provas reunidas durante três anos pelo Ministério Público do Paraná, sobre as delinquências sexuais de Gaievski e, assim, obter o relaxamento de sua prisão preventiva.

Gaievski, que foi prefeito de Realeza pelo PT duas vezes, terá a primeira audiência no Fórum da cidade no dia 21 de novembro.

Os presos que tentavam livrar o ex-assessor de Gleisi da cadeia serão enquadrados em diversos crimes previstos no Código Penal:

Artigo 288 (formação de quadrilha) – “Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crime”.

Artigo 342 – “Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor, contador ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral”.

Artigo 343 – “Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação”.

Até ser preso no final de julho pela suspeita de envolvimento em 26 estupros, 17 deles contra vulneráveis (menores de 14 anos), Gaievski era assessor especial da Casa Civil.

Havia sido encarregado pela companheira Gleisi Hoffmann de cuidar de políticas do governo federal relativas a menores, como programas de combate ao crack e a construção de creches.

Também coordenava a importação de médicos estrangeiros do programa “Mais Médicos”.

Luiz Fernando Cerni/Jota Agostinho